Eu sou vários eus cheios de personalidades próprias, que moram todos dentro de mim.
Eu sou parte razão, parte sentimento, parte loucura.
E sou também uma mistura de todo o resto.
Tudo...
Nada...
Um meio-termo.
E toda essa complexidade interior, toda essa infinidade de eus em mim vai se juntando, se simplificando até se resumir nessa falsa moldura de serenidade constante que os olhos alheios julgam ser “eu”.
Entretanto meus eus interiores não se contentam em ficar ocultos atrás dessa máscara e, às vezes, um deles mete o nariz pra fora e se revela ao mundo como realmente é, com todas suas sensações particulares, seus desejos e vontades.
Mas esta que se mostra não sou eu pronta e acabada.
A minha (in)completude está na combinação de todos os eus que habitam em mim.
Afinal, quem realmente sou eu?
Mistério indecifrável.
(Layanne Rezende)